- Área: 780 m²
- Ano: 2012
-
Fotografias:Leonardo Finotti
UM EDIFÍCIO PERMEÁVEL, UMA PRAÇA ABERTA.
Localizado na cidade de Campina Grande, o edifício gera espaços vazios e se cobre por uma pele permeável. Está conectado com entorno próximo integrando: edifício, praça e cidade. O aproveitamento máximo da taxa de ocupação não impede uma implantação branda e natural, promovendo a presença de pátios, vazios e grandes aberturas.
PÁTIOS ABERTOS, permeáveis com vegetação suspensa funcionam como um “impluvium” (espelho d’água que recebe águas das chuvas). O conjunto proporciona conforto térmico conservando umidade do ar equilibrando a temperatura. O conforto se complementa por brises horizontais, que filtram a passagem do sol de maneira seletiva, fazendo do hall de entrada uma praça aberta.
Uma praça coberta com múltiplas configurações e usos pode ser utilizado para mostras, palestras, reuniões/auditório e simplesmente contemplação. A pele permeável não se assemelha aos edifícios institucionais envidraçados, impenetráveis e impermeáveis das grandes cidades. Propomos o uso de uma pele de aspecto inconfundível, permeável, permitindo passagem do ar, chegando a espaços intermediários (impluvium). O conjunto (pele, pátio e brises) nos instiga a possibilidade de duas leituras: espaço interior e ou exterior.
MONTAR MAIS QUE CONSTRUIR
As estratégias de montagem mediante a utilização do concreto pré-moldado permitem construir o edifício de maneira mais eficiente e controlada, ao contrário da construção convencional. A minimização de resíduos na obra assim como a otimização do tempo de construção fazem desta opção a ideal. A estrutura: pilares, lajes e brises horizontais foram pensados para este tipo de construção - pré-fabricada.
A sinceridade e pertinência do acabado (concreto pré-fabricado) transmitem uma imagem contemporânea, fazendo uma releitura da arquitetura moderna brasileira institucional (construída em sua grande parte em concreto armado).
IDENTIDADE COLETIVA
Os acabamentos pertencem a nossa identidade coletiva. A pavimentação em pedra portuguesa acompanha o caminhar do visitante desde o exterior ao interior do edifício. Um grande painel de uma madeira local confere ao “espaço da praça” a quota de identidade, elevando o caráter cultural da instituição.